quinta-feira, dezembro 29, 2011
...Faúlhas...
Desponta a pele pútrida
Aponta para o sul
Desaponta o velho tolo.
De ponta a ponta
Pela ponte adjacente,
A lua a céu poente.
Diz "olá" ao lobo contente.
Da ponta da agulha
O veneno escorre lentamente.
A velha com pés dormentes.
A lua a oeste, em poente.
Salve ao sol imponente!
Aí vem o sol nascente!
quarta-feira, dezembro 28, 2011
...vós ouvis?
No vento gélido que envolve-lhe a carne...
As profundas marcas das pegadas,
Deixadas pelos monstros da alma.
Achatam o coração, comprimem a emoção.
Não há mais camponesa enraizada.
Não há mais calmaria, ao soar a voz de sinos.
Não há mais refúgio ou morada.
Não há mais o sabor adocicado que deixam os sonhos.
Não há mais enlace arredio dos frios braços.
Só o costumeiro vento,
Só o costumeiro tremor,
Só o costumeiro amargor.
quarta-feira, dezembro 21, 2011
Ao alvorecer.
domingo, novembro 27, 2011
2009 - HANGAR - Based On A True Story
Disco de 2009 Infallible.
"(...)Here I am in the dark
"(...)Aqui estou eu no escuro
Brindemos
sexta-feira, novembro 25, 2011
Dúvidas
Sentes algo deveras? Ou se acostumou a sentir apenas?
Te encanta me deixar em prantos decorrentes? Ou faz isso apenas pra sair da rotina em que vives?
Não mais tento me explicar, pois os motivos que tenho são vis aos teus olhos.
Serei eu também, motivo de tua comiseração?
terça-feira, novembro 15, 2011
Red Hot Chili Peppers - Under the bridge
sábado, novembro 12, 2011
Estremecido
quarta-feira, novembro 02, 2011
Terçar Ilusão
Em teu toque, sinto a repulsa que tenta reprimir.
Quase posso ouvir as vozes que lhe sussurram,
E me pergunto todo dia, por que não estás mais feliz.
Tua voz a ferir-me de tempos em tempos.
O frio remorso já não me consome mais.
E então, desapego.
Permaneço estagnada.
E a mente perspicaz não entende,
Que em um tempo distante aparente,
Ali residia o refúgio de um lar.
segunda-feira, outubro 31, 2011
1991 - Metallica - Nothing Else Matters
segunda-feira, outubro 24, 2011
Apenas mais uma história
Olhar vazio, sorriso furtado.
A entrar em um carro
Mais um negócio fechado
Uma lágrima após o gozo.
Um desdém na saída.
Alguns hematomas depois,
Alguns trocados mais rica.
Um filho sem rosto,
Um amor sem gosto,
Dissabor de vida,
Mais uma alma ferida.
sexta-feira, outubro 21, 2011
Coléra
Levada pelas emoções.
O furor que me extasia
É o mesmo que me arruina.
Em pesar jacente,
Envenenando-me a mente.
Erroneamente permaneço observando,
A alma enodoada definhando.
segunda-feira, outubro 17, 2011
R.E.M. - Everybody Hurts - 1992.
O vídeo-clipe da música, mostra a banda presa em um engarrafamento.E aparecem pessoas em outros carros com subtítulos de seus pensamentos aparecendo.
"Quando seu dia é longo
domingo, outubro 16, 2011
Lume
sexta-feira, setembro 30, 2011
Velhice
No meio da noite, esquecida.
Observando a luz da lua
Cada calo de sua mão.
Marcas de orgulho, outras de dor
Lembranças tão límpidas na mente
E mesmo com corpo doente
A engelhada sorri para si, satisfeita.
E no vento que invade a janela
As memórias pegam carona
E no meio da noite singela
O sono lhe vem a tona.
quinta-feira, setembro 15, 2011
quarta-feira, setembro 07, 2011
Alanis Morissette - Ironic
domingo, agosto 28, 2011
Revérbero
Olhando para o espelho
Vejo olhos iguais aos meus,
E ao mesmo tempo diferentes...
Eles me fitam com interesse indolente.
Gestos feitos por mim,
são reproduzidos a minha frente,
A gêmea e eu, rimos em conjunto,
Então percebo que há lágrimas em seus olhos fundos.
Marcas esquecidas, não se tornam mais ocultas,
Então, estranhamente, meu eu aqui
Tenta se parecer mais com o eu de lá.
E as diferenças entre nós, já não posso suportar.
Me retiro, e a gêmea também.
De volta aquele espelho jamais vou.
E a gêmea, tão pouco retornou.
Avidez
sábado, agosto 20, 2011
Pearl Jam - Jeremy (1991-1992)
Música inspirada em uma nota de um jornal. Um adolescente de Richardson se suicida em frente aos colegas de classe.
Jeremy Wade Delle, de 16 anos, morreu na hora após puxar o gatilho de uma Magnun calibre 357 enfiada em sua boca, por volta das 9:45 da manhã.
O próprio Vedder falou sobre a música em uma entrevista:
“A música veio de uma pequena manchete num jornal, por isso eu acho que: você se mata e faz o maior sacrifício que poderia fazer, sacrificando sua própria vida e seu futuro tentando assim se vingar de tudo, da própria vida, de todos... Mas tudo que se pode conseguir fazendo isso é virar uma manchete de jornal, como aconteceu com Jeremy. Ele se matou e nada mudou, nada muda. O mundo continua e você se foi. A melhor vingança é viver, e provar a você mesmo que você é capaz. Seja mais forte que essas pessoas (que se suicidaram). Então você pode dar as costas e ver como o mundo mudou”
O clipe original foi editado. A cena final antes de aparecer os colegas do Jeremy paralisados, a cena mostrava Jeremy colocando a arma na boca e apertando o gatilho. Na hora do tiro a cena muda para os colegas, com aquela cara de horror e medo, ensanguentados com o sangue do Jeremy.
quinta-feira, agosto 18, 2011
domingo, agosto 14, 2011
Ausência
Me apeteceria ser um silêncio.
Mudo, pleno e imperturbável.
Inquebrável.
Simplesmente contemplar e voltar a casa.
Loreena McKennitt- The Mystic's Dream - Tradução.
sexta-feira, agosto 12, 2011
Desencantado de dor
Pra mim esta tudo errado
Subestimei o amor
Lá fora o tempo nublado
Não quero mais levantar
O seu retrato ao meu lado
Fica a me torturar
Eu hoje estou tão sozinho
Nem preparei o jantar
Falta você no meu ninho
Venha pra cá me amar
A vida passa depressa
Já me cansei de esperar
Estamos no fim da festa
Não há ninguém pra dançar.
(Autor: Renan Silva)
domingo, julho 24, 2011
Pacata
Desabafo, choro em palavras.
Recordações.
Pele arrepiada.
Lenitivo.
Favônio de ternura em um enlace.
Retorno da alma a casa.
Acalento
Cavando em minhas lembranças o som do teu riso.
Não te preocupes... Eu vou sobrevivendo...
Mundo estranho...
Até os simples pensamentos se prolongaram em suas memórias
E a cada segundo, com coração palpitante, inusitadamente,
Encontrarás mais motivos para sorrir.
sexta-feira, julho 08, 2011
Noturna
quinta-feira, julho 07, 2011
Vincent de Tim Burton - Vincent com legendas em português
sábado, julho 02, 2011
Feliz?
O sonho se realiza como o som que recomeça.
E a esperança enfim retorna,
Ao alvorecer de mais um dia.
domingo, junho 26, 2011
Música usando apenas Iphone's.
quinta-feira, junho 23, 2011
segunda-feira, junho 20, 2011
Bolhas de Sabão
Levam a poesia em sabão e água,
Vivem em tudo e em lugar nenhum.
Morrem explodindo sem estrondo algum.
Palavras indistintas
O vento adentrando a janela, som de risadas das crianças na rua, o distante latido de um cachorro, os raios mornos do sol da manhã afagando minha pele e o som dos pássaros são meus únicos companheiros. Isso me alegra.
E essa alegria me entristece.
domingo, junho 19, 2011
Divagando...
e que o acaso se encarrega de todo o resto...
sábado, junho 18, 2011
Águas do lago.
Me fiz de forte inúmeras vezes, mas por mais que o faça,
sinto-me mais uma a reconstar-me em teus ombros largos,
me chamas e vou,
não me difere das tantas outras que passaram pelos mesmos ombros,
que sentiram tuas mãos asperas...
Perdoei cada ato erronio teu, passei meus sentimentos para tras...
Busquei teus afagos, que não passavam de restos.
Me acrescentei a tua longa lista provocadora de decepção...
Mas não penses que não vou submergir de teu denso lago negro,
Mais longe hábito do que pode imaginar,
Em águas tão escuras,
Não cairei novamente...Jamais.
Adeus descompassado.
As sombras se vão,
e sei que ir-me-ei logo.
Mas já me sinto contente,
pois hoje consegui sorrir novamente.
Perdi a sanidade, pois pensei que logo
chamaria minha nova realidade de lar.
Não espere que eu omita todos os fatos...
Não quero feri-lo,
Mas peço que esqueça.
Esqueça até de bater em minha porta.
E sei que ir-me-ei logo.
Como Criança...
Cara ao vento, recolhendo flores,
Na inocência...não saber de amores,
Não se queimar na perigosa chama...
Correr, pular, viver sem preocupação
livre do pejo, dor ou ansiedade...
Não ter paixões...Nunca sentir saudades...
Curtir a vida simples de menino.
Pião na mão, pipa, bola...
Nunca pensar...viver de brincadeira,
nunca guardar rancores ou lembranças.
Desejo de esquecer seus olhos,
que são na vida aguilhões em mim...
Vontade de voltar a ser criança!
Eduardo e Mônica - O filme
Insônia...
que me tranquiliza, que me deixa em transe.
Estou acordado e me sinto desamparada.
Em que sonho você está agora?
Em que lugar seus passos caminham?
Estou incrustado num turbilhão de incertezas e inconsciências...
Nesta noite, onde tudo é mais escuro, onde a lua não brilhou,
onde as estrelas se quer apareceram, eu me rebaixo a um ser que vai do nada a lugar nenhum.
Meu sono vaga. Vaga pelo seu deserto, vaga pelos seus sentidos.... está perdido na sua voz.
Inveja
Ela te espreita!
Ora aparece sorrindo,
Ora aparece tristonha.
Camufla a face medonha.
Veneno infiltrado, insistindo.
Sorriso atado no rosto.
Em olhar enviezado.
Traz falso prazer e desgosto.
Amiga de todas as horas,
De teu sangue sequiosa
Por vezes é muito formosa.
Um ódio no olhar te devora...
Quando estais só é gentil.
Mas em grupo te isolas,
O falso equilíbrio degringola.
Tudo passa a ser ardil!
Amiga das horas perdidas.
Ausente nas horas difíceis.
Garras de unhas retráteis,
Autora de longas feridas.
Do ciúme que é posse, é diferente.
No oco da alma ataca.
O olho, no fundo, destaca
Enorme ódio carente.
Cuidado!
Ela te espreita!
Passagens...
Rugas de uma vida inteira
Mesmo em pouca idade
Dia a dia me é proposto
Assumir mais uma mensagem
Mensagem de dor e ausência
Põe meu pensamento em desalinho
Feita de lágrimas e insistência
Que a vida pôs no meu caminho.
Insistência de permanecer aqui
Sem vida, como nuvem descendo ao chão
Faz tempo que a ternura escondi
Num recanto escuro do coração.
Minha palavra trago esfarrapada
E o vento já não me acaricia
Sinto minha carne pisada
Por ver passar mais um dia.
Nem a solidão por companheiro já tenho.
Por me sentir tão só.
Companhia nenhuma, sufoco na escuridão
Há séculos se repete esta primavera
E eu a mesma ave a esvoaçar
Talvez haja outra ainda à minha espera
E eu terei, na boca um pássaro para cantar.
Se o resto de esperança
de mim não abalar...
observa tua presa
e então sorri...
Prossegue eliminando as minhas emoções,
deixando me apenas com a dor,
de tantas mudas canções
riso malvado, doce odor...
Tens beleza sobrenatural!
Certeza não tenho,
de quais sentimentos mais deixou.
Pensamento inquietante que abstenho...
Surges atraído pela minha voz,
seu inútil monstro traidor.
Assombras-me quando estou só
rei do inferno, eu pecado, tu pecador...
Natureza Sob o Jugo da Navalha
Queimem os remanescentes.
Mostro-lhe a insólita existência.
Ainda em vós o jugo da navalha.
Recordações e ramos aduncos.
Verdugos em vestes brandas.
Pranteam dissimuladamente,
Suas forjas a todo vapor.
Corpos encerrados, rasgados lentamente.
Não há razão sólida.
Navalha mata, navalha suja,
A terra encobre os rostos cobertos de sangue e lágrimas.
Ainda restam bastardos.
sexta-feira, junho 17, 2011
nada pré determinado, ou com alguma obrigação.
Jogo de espelhos em um circo barato.
Há um aqui em cada lugar que se segue.
O centro não existe mais,
todos os pontos de vista, por hora, são centrais,
e todas as visões deste mesmo mundo,
não passam de periféricas...
...Descrevendo...
Teus Olhos
Que vejo mesmo em meio a turba.
Justificam minha deploração.
E destes versos dolentes são a razão.
Comoventes, belos e minuciosos.
Olhos que são presentes em meus pensamentos.
Conhece meu sonho mais latente,
Provocando em mim tantas lágrimas insistentes.
Coração vivendo em desalinho...
Como me distanciar desses teus olhos?
Fugazes, misteriosos.
Imploro ao dono de tãos negros olhos que convença-me a ficar.
Antes mantinha meu coração palpitante,
Agora representam apenas tua alma aleive.
Assim mesmo, me perco neles inebriante,
Alheia a tudo que tive.
Sempre que esses olhos viperinos
Se aproximam dos meus,
Sinto-me tresloucar rapidamente.
Olvido sempre do adeus
quinta-feira, junho 16, 2011
Falta
Senti falta das conversas
Sempre sinceras entre nós...
Da chegada e, de forma inversa,
Do adeus, horas após...
Senti mais falta ainda
De nosso tão ardente entendimento...
De teu encanto que não finda,
Dessa entrega livremente.
Senti falta de ti...
Não pense que não,
Trago-te aqui,
Bem guardado,
No coração saudoso e apressado,
Que mesmo em silêncio
Bate os segundos
Contando-os um a um, a espera de ti.
Pássaros
Com seu lindo canto,
para meu espanto,
veio me trazer
velhos sonhos desconhecidos
de um coração tão sofrido."
Messe
Aprecio o rancor que me proporcionas,
Doce alvo de suas garras fatais.
Tento me distanciar uma vez mais.
Presa em ramos espinhentos e chorando copiosamente.
Por que me atinges tão brutalmente?
Em casa chegas, lugar que outrora chamei de lar,
Tiras-me minha família, tiras-me o sono,
Levas consigo tudo que me foi valioso.
Em panos brancos guardo teu sangue,
De sorriso aberto me lembro da lâmina ao cercear-lhe.
Não me tome como monstro,
Sou apenas o fruto daquilo que você semeou um dia.
Eis a sua colheita.
This work by Sara Müssnich is licensed under a Creative Commons Atribuição-Uso não-comercial-Vedada a criação de obras derivadas 3.0 Unported License. O Plágio é crime e está previsto na lei N° 9610 sobre direitos autorais.